IDAI

Exposição de fotografia “IDAI”, dos fotógrafos Amilton Neves, Emídio Jozine e Micas Mondlane

De 22 de Agosto a 6 de Setembro de 2019

A Associação Kulungwana acolhe a exposição de fotografia “IDAI“, dos fotógrafos Amilton Neves, Emídio Jozine e Micas Mondlane, na sua Galeria , sita na Estação dos Caminhos de Ferro, a ser inaugurada no próximo dia 22 de Agosto, pelas 18,00 horas,  ali permanecendo até 6 de Setembro.

Foi enorme a comoção e a dor dos moçambicanos ao tomarem conhecimento da grandeza do desastre que atingiu a zona centro do nosso país, após a passagem do ciclone IDAI, em Março passado. Quase seis meses depois, as imagens de três jovens fotógrafos moçambicanos – Amilton Neves, Emídio Jozine e Micas Mondlane – vêem ainda mostrar-nos o horror em toda a sua assustadora dimensão.

O escritor e jornalista, Calane da Silva, no breve texto de apresentação da exposição, dá o mote para a mesma, ao pretender que estas imagens se “transformem apenas em Luz Solidária, em Esperança que não morre, pois grande é o coração-corpo do Ser Humano que resiste e avança!”

Amilton Neves é fotógrafo profissional, nascido em Maputo. O seu trabalho examina questões sociais contemporâneas usando técnicas de narrativa e documentário.

Participou em cursos de formação na Sooke Photography School no Canadá e Nuku Studio no Gana e foi destacado em várias exposições no Centro Cultural Franco-Moçambicano. O seu trabalho foi exibido em Moçambique, Gana, Portugal, Brasil, Etiópia e Canadá. Além de perseguir seus projetos independentes, Amilton também trabalha como fotógrafo freelancer de documentários em toda a África. Realizou uma exposição individual de fotografia, Madrinhas de Guerra, na Fortaleza de Maputo, em 2018.

Emídio Jozine nasceu em Maputo, em 1982. Concluiu a Escola de Artes Visuais como designer gráfico e abriu o seu próprio atelier. É bacharel em Belas Artes-Audiovisual (BFA), formado pela Gerrit Rietveld Academie, em Amesterdão.

 

Foi co-fundador do jornal electrónico Mercados-Economia e Negócios e freelancer no jornal Zambézia (2008|2010). Co-coordenador do projecto Arte e Comunidade em Maciene, Moçambique. Juntou-se ao Workshop Um Minuto e tornou-se facilitador depois da formação em Amesterdão, na Fundação Um Minuto. Foi convidado pela N’weti / Mahla Films para escrever um guião para um filme de ficção de 24 minutos intitulado “Lobolo”, dirigido por Michael Mathison. O filme foi apresentado no Festival Cinematográfico FESPACO no Burkina Faso e ganhou o prémio de melhor mensagem social Africana. Em 2016 foi director de fotografia e co-produtor do filme “Tributo ao Mestre Chissano”. Trabalha agora entre a Índia e Moçambique como director de fotografia e iluminação do filme “Enviado Especial”, uma história sobre Aquino de Bragança, do realizador Indiano Nalini de Sousa.

É membro da United Photo Press com fotografias publicadas nos livros da UPP “WORLD” 2013 e “WORLD BLACK and WHITE” 2014; é consultor das Nações Unidas em Moçambique sobre Vídeo e Fotografia.

Foi galardoado com oPrémio Nacional de Fotografia para novos talentos (2008), organizado pela Associação Moçambicana de Fotografia; o Prémio Melhor realizador, melhor produtor e melhor documentário - Esperando no quintal no Festival ”Ver e Fazer Filmes” – Brasil (2010). Prémio Mozal Artes & Cultura, na categoria Fotografia (2018). Realizou exposições individuais na Associação Moçambicana de Fotografia (2008); sobre Amesterdão em São Tomé e Príncipe (2012). Pessoas e histórias de Moçambique na ĺndia (2015).

Micas Mondlane nasceu em Maputo, em Janeiro de 1987. É cineasta e fotógrafo, tendo-se formado na área de cinema e fotografia pelo IPCI (Instituto Profissional de Comunicação e Imagem), ISARC (Instituto Superior de Arte e Cultura). Fez o Curso de Design Criativo na China-Shenshen (Administração de desporto e turismo); participou numa formação fotográfica na Alemanha-Berlim no STUDIO 67 como assistente do fotógrafo Tobias Schult.

Desde muito novo que mostrou interesse pela fotografia e cinema. Fotografou com uma máquina analógica profissional, tendo cimentado o seu conhecimento através de leitura, pesquisa nesta área e projectos feitos do seu quotidiano inspirando-se em histórias de rua.