METAMORPHOSIS

Inauguração da Exposição Individual “METAMORPHOSIS”, da pintora Lica Sebastião

De 20 de Fevereiro a 20 de Março de 2020

 

Inaugura-se a 20 de Fevereiro, pelas 18 horas, na Sala de Espera da Kulungwana, sita na Estação Ferroviária de Maputo, a  exposição individual “METAMORPHOSIS”, da artista plástica  Lica Sebastião.  Esta exposição tem o seu término em 20 de Março próximo.

 

O ano artístico, na Sala de Espera da Kulungwana, inaugura-se com uma exposição individual de Lica Sebastião - Metamorphosis. A artista, cuja actividade se iniciou em 2006 (tendo realizado a sua primeira individual em 2009), apresentou-se desde logo possuidora dum universo muito próprio, revelando algumas das suas preocupações, que estão no cerne da sua criatividade.

Inconformada, explora novos materiais e possibilidades que os mesmos permitem,  evitando sempre estabelecer rupturas, procurando, pelo contrário, o equilíbrio e a harmonia. Ulisses Oviedo, curador da exposição, afirma que a pintora “dá sinais de múltiplos passos e de memórias feitas de um trajecto por caminhos de abundantes olhares, onde a pintura se consolida sob os diferentes suportes que utiliza. Telas, madeiras, vidros, objectos fora de uso,ganham uma outra conotação e conferem-lhe uma expressão poética bem peculiar”.

Nascida em Maputo, em 1963, Lica Sebastião concilia a actividade artística com a escrita literária e a docência. A artista realizou já cinco exposições individuais (Trilhos e Vivências, em 2009, Gestos Inacabados em 2010, ambas na Associação Moçambicana de Fotografia; e Cor, Húmus e Água em 2012, Manchas e Pontos em 2014 e Madeira, Metal e Cartão – nem lixo nem dor em 2016, no Núcleo de Arte), para além de participação em inúmeras exposições colectivas.

Lica Sebastião é uma presença constante nas iniciativas desenvolvidas pela KULUNGWANA, participando nas sucessivas edições da Colecção Crescente desde 2011. Mais recentemente, integrou um grupo de artistas que participou no Projecto Gineceu, cuja exposição decorreu em 2019.

Lica Sebastião, onde tem uma posição de destaque entre a nova geração de poetas moçambicanos,  tem três livros publicados (Poemas sem véu; Ciclos da minha alma e De terra, vento e fogo). Ela estabelece uma estreita relação entre a sua actividade artística e literária: “Muitas vezes parece que uma emoção pode ser descrita por uma técnica a óleo ou a acrílico. Mas a maior parte das vezes em que isso ocorre são as cores que me ajudam a definir ou a falar sobre uma sensação ou uma emoção. Houve casos em que escrevi textos na tela”.

É membro do Núcleo de Arte e da Associação Moçambicana de Escritores.

Esta exposição tem a curadoria de Ulisses Oviedo.