A CAPTURA DO ESTADO
Inaugura-se a 2 de Setembro, pelas 14.30 horas, em evento restrito obedecendo as limitações sanitárias prevalecentes na Galeria Kulungwana, sita na Estação Central dos CFM a exposição individual “A Captura do Estado”, de Titos Pelembe. Esta exposição estará aberta ao público de 3 a 30 de Setembro de 2021.
No prosseguimento da sua actividade expositiva, a Kulungwana apresenta a quarta exposição individual de Titos Pelembe, denominada “A Captura do Estado”.
Nesta nova mostra, o artista continua a olhar e a reflectir criticamente sobre a condição social e política das sociedades em que vivemos, retratando as fragilidades dos vários sistemas de governação.
Para além dos questionamentos teóricos que o título da exposição põe, Jorge Dias, curador da mesma, afirma que Titos Pelembe “traz reflexões sobre o Estado capturado, torna[ndo]-o num estado aprisionado e incapaz de poder responder às várias funções que lhe são inerentes. Estabelece pontes em torno da captura de estados das coisas com possíveis leituras da linguagem da performance, da gestualidade pictórica e a espiritualidade das acções. Olha para o estado das coisas e as sociedades em que nos encontramos, através de acções colectivas, intervenções sociais, apropriação e construção de forma que dialogam entre materiais frágeis e duros, descartáveis e apropriados e constrói uma manta de retalhos num conjunto de obras que se apresentam como hipertextos neste universo de vocabulário e códigos visuais que conecta o local e o universal”.
Concluindo que “’A Captura de Estado’ reflecte sobre a violência social, em diferentes condições e classes sociais que caracterizam as sociedades atuais. É também a negação de apropriação das narrativas históricas para justificar o momento que vivemos”.
Titos Pelembe (n. em Maputo, em 1988), é doutorando em Educação Artística, em Portugal, após ter concluído a licenciatura em Artes Visuais pelo Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC), em 2013, e o mestrado em Arte e Design para o Espaço Público, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, em 2020.
Pertenceu a direcção do Núcleo de Arte, entre 2016 e 2018, sendo colaborador activo da Associação Kulungwana, do Museu das Pescas e da Presidência da República. Actualmente, é membro colaborador e investigador do projecto IDENTIDADES Colectivo de Acção|Investigação (ID_CAI).
Tem participado regularmente em exposições no país e no estrangeiro, tendo recebido vários prémios, com destaque para as exposições e concursos Prémios FUNDAC, Bienal TDM, Expo Anual MUSART, Prémios DESCOBERTA, Prémio Camões (Maputo) de Banda Desenhada e Prémio “Revelação-Francofonia”, do Centro Cultural Franco-Moçambicano.